Se existe uma coisa que é necessária manter, é a possibilidade de uma análise centrada, distanciada do ideal de vida que se adota. Obviamente, não há ponto de vista totalmente puro nem neutro, mas é fundamental que o indivíduo que pretende ser intelectualmente honesto, não seja tão atávico ao pensamento que mais o preenche, de modo a não cometer o erro de; em virtude de defender sua visão de mundo, tornar-se, desumano e injusto.
A vaidade é o pior inimigo neste quesito. Pois, se desvencilhar dos prismas adquiridos, a fim de proporcionar uma discussão mais plural e filosófica, exige uma maturidade e um espírito elevado, o que concomitantemente, externa a verdadeira e mais pura dialética democrática.
As democracias adolescentes, ainda conservam alguns dentes de leite da tirania, e resiste em cuidar das acnes do autoritarismo. Por isso, exalam um perfume de humanidade, com aqueles sorrisos e viradas laterais da cabeça diante de uma pergunta mais firme, tentando ocultar dos desavisados, o baú da ditadura que intimamente conserva.
De modo que, a democracia não pode ser ingênua, ao ponto de ser "usada" por típicos tiranos, usando-se da abertura democrática. Nem deve ser excessivamente rígida, sendo uma ditadura travestida de democracia.